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Brasil não foi descoberto, foi invadido

 

Pintura retrata a chegada de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, na Bahia

Em 22 de abril de 1500, os Portugueses liderados por Pedro Alvares Cabral não "descobriram" o Brasil, mas tomaram posse de terras já habitadas há pelo menos 50 mil anos pelos povos indígenas. Esse ato de posse não só foi uma violação dos direitos dessas comunidades, mas também levou à dizimação física e cultural desses povos ao longo dos séculos seguintes.

É importante lembrar que a chegada dos europeus ao Brasil não foi um evento isolado. Os chineses, por exemplo, já teriam visitado o Brasil em expedições lideradas por Hon Bao no início do século XV. O navegador francês Jean Cousin teria chegado ao Brasil em 1488, e Américo Vespúcio, a serviço da Espanha, também esteve por aqui em 1499. Duarte Pacheco da Costa, a serviço de Portugal, chegou em 1498, assim como Pizón e Diogo de Lepe, a serviço da Espanha, em janeiro de 1500.

Essas informações deixam claro que não houve uma "descoberta" do Brasil pelos portugueses, mas sim uma tomada de posse violenta de um território que já era habitado por milhares de anos. A conquista portuguesa levou à destruição de muitas culturas indígenas, incluindo a sua religião, sua língua, suas tradições e seu modo de vida.

O impacto da colonização europeia no Brasil ainda é sentido hoje. As comunidades indígenas continuam a lutar pela proteção de suas terras e de seus direitos, enquanto os efeitos do colonialismo na economia, política e cultura brasileira são sentidos até hoje.

Em resumo, é importante reconhecer que a chegada dos portugueses ao Brasil foi uma tomada de posse violenta que teve consequências profundas e duradouras para as comunidades indígenas e para a sociedade brasileira como um todo. É necessário refletir sobre essas questões e trabalhar para garantir que essas comunidades sejam respeitadas e protegidas no futuro.



Texto
Professor Daniel Rodrigues de Lima

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